sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lindo Céu

♫ Céu, lindo céu / É o lugar onde eu quero viver / Pra sempre / Céu, lindo Céu / É o lugar que o meu Deus preparou / Pra mim ... ♫
Resolvi falar daquilo que considero a mais completa e maravilhosa beleza do mundo: o céu! Adoro sua dimensão infinita, tudo que pode ser visto nele e tudo que o compõe.

Se pesquisarmos a palavra ‘céu’, veremos que há para ela várias definições: o céu onde voam os pássaros e aviões, o céu como firmamento, o céu religioso, o céu mitológico e até mesmo a promessa de ‘novos céus’... O céu está sempre em seu lugar, perfeito e dinâmico, imutável em sua imponência. Está sempre acima de nós para quem quiser admirá-lo.

Posso recordar momentos em que o céu e tudo o que ele contém deixaram em mim sua marca... Lembro-me da manhã do meu aniversário de dezoito anos. Levantei-me e todos em casa ainda estavam dormindo, então saí para ir à escola e quando abri o portão e olhei para o céu, vi um azul tão lindo, que agradeci a Deus por aquele momento. Além disso, havia os pássaros, que pareceram me seguir por alguns momentos... e é verdade!

Lembro-me quando dando aula para um grupo de crianças de cinco anos de idade, tive uma ótima experiência. Pela janela da sala, que era bem grande uma das alunas viu um arco-íris e gritou: Olha que lindo o arco-íris! E todas as crianças correram para janela para ver. Mesmo se eu usasse aqui as melhores palavras que conheço, não conseguiria descrever o quão belo e sincero foi o sorriso daquelas crianças ao observar o arco-íris brilhante e colorido no céu!

E se começarmos a falar de cores, quantos momentos preciosos poderiam ser ressaltados... Quando o dia está ameno e há tantas tonalidades de azul misturadas e compondo um todo tão majestoso. Quando no fim da tarde o sol começa a se despedir deixando seu rastro alaranjado, vermelho e até cor-de-rosa. Quando à noite, a elegância do preto profundo deixa o branco brilhante das estrelas se destacar. Quando o sol resolve raiar expansivamente deixando sua luz tão ofuscante, que nem podemos olhar para o céu e definir sua cor...

É lindo! É perfeito! É criação divina!

Absolutamente lindo, como tudo que está ligado a ele. Já falamos do sol, que além de sua beleza, nos garante condições básicas de vida. E como não lembrar também das nuvens branquinhas dos dias de calor? Aquelas que desde pequenos aprendemos a olhar e brincar de descobrir o que suas formas, das mais variadas, estão representando naquele momento. Há também as nuvens carregadas, aquelas com sua cor escura, que contrastam muitas vezes com o brilhante dos relâmpagos, formando desenhos que podem até nos amedrontar.

A lua! Que em suas quatro fases sintetiza uma beleza tão romântica, misteriosa e sedutora. A lua me faz lembrar momentos em que amei, refleti, suspirei, chorei e sorri.

Que privilégio é olhar o céu numa estrada de dia ou de noite, onde as cores e formas te acompanham e presenteiam com uma linda visão, não importando a velocidade ou ritmo em que você segue seu caminho.

Tem chovido muito nos últimos dias e sempre que se fala de chuva, se ouve comentários do tipo: o dia está triste, feio, a chuva atrapalha... Porém penso no quanto a chuva inspira as pessoas, além de ter sua função ambiental incontestável. Falo de inspiração porque penso em quantas músicas lindas existem sobre a chuva! A chuva que lava e purifica, que esconde as lágrimas, que é cenário de romances, que é sinal de benção, enfim, que é parte dessa beleza imensurável da qual falamos.

Por falar em comentários negativos, creio que um dos elementos mais desprezados, senão o mais é a neblina. Ninguém quer saber da neblina, todos querem ficar dormindo quando a vêem, não é? Mas a neblina é também um grande presente. Porque é como se o céu descesse até você, fizesse parte de você, como se você estivesse dentro de uma nuvem. Eu gosto da neblina! Lembro-me uma vez que estava no carro, na serra voltando da praia e a trilha sonora para a imensidão de neblina que envolvia era uma música que dizia: Esconda-me na nuvem de glória! E que glorioso é realmente sentir, ver, apreciar esses elementos tão especiais.

Sol, chuva, lua, estrelas, neblina, relâmpagos, nuvens, arco-íris e mais... Tudo compondo um céu que é indescritivelmente belo! Gosto quando vejo o céu cheio de cor, gosto da lua grande amarelada. Gosto quando o céu está tão claro nas manhãs que é possível ver a lua, que ficou um pouco mais, pois não quis deixar de participar daquele momento tão especial...

Acima de tudo, gosto de saber que existe algo tão grandioso, ao meu alcance o tempo todo! Basta olhar para cima e lá está ele! Sorrindo com você, chorando com você, correndo com você, sonhando com você...

O Céu é o limite.(Miguel de Cervantes)

domingo, 4 de julho de 2010

O Sacerdote e a Igreja

Faz alguns dias que queria escrever esse texto, mas parece que alguns fatos a mais precisavam acontecer para que amadurecesse a ideia. Quero nas próximas linhas manifestar o amor ao mistério e a paz inquieta que ser parte da Igreja Católica Apostólica Romana causa em mim.

Gostaria de me apegar primeiramente à figura do sacerdote, sim, essa figura que tem sido criticada, diminuída, e desacreditada por muitos. Ouvi esse fim de semana de um Cardeal que celebrava seus cinquenta anos de ordenação, que o “Sacerdote é o Sacramento da bondade de Deus”. Acredito que essa afirmação remete ao fato de Deus confiar aos homens missão tão linda e grandiosa, esse foi um ato de extremada bondade da parte de Deus, porque sabemos que os homens são imperfeitos. E como essas palavras me levaram a pensar...

Pense que hoje a mídia alcança cada canto do mundo. Pense que neste momento existe alguém inventando mais um aparelho de tecnologia super avançada, que provavelmente não precisamos, mas vamos querer ter. Pense que já passamos por crises, guerras, revoluções, mudanças econômicas e sociais extremamente substanciais. Pense que hoje a sociedade e a família, sua célula menor e mais linda, lutam para se adaptar às mudanças por conta de exigências profissionais e acadêmicas, mudanças de valores, na educação dos filhos, e muito mais.

Agora pense que a Igreja sobreviveu e sobrevive a tudo isso! Pense na sucessão ininterrupta de Papas desde São Pedro... E o que tudo isso aponta?


É nisso que tenho pensado! No orgulho de pertencer a um ideal, no qual pessoas absolutamente comuns, se doam, acreditam, e mantêm acesa a chama de uma Instituição milenar.

Eu experimentei a reconciliação com Deus através do Sacramento da confissão na semana passada. Meditando e experimentando a paz que senti ao receber a benção e o perdão de Deus através daquele Sacerdote, só pude pensar em uma coisa: como pode um ser humano como eu, conhecer o lado mais fraco, mais sujo das pessoas e continuar a frente de um povo, falando de amor e caridade, e pedindo que amemos e acreditemos uns nos outros?

Será que se você tivesse a oportunidade de ouvir, mesmo que só por um dia, as confissões das pessoas, continuaria acreditando na humanidade?


Penso em São Padre Pio que ficava até 20 horas no confessionário, sem intervalos, sem comer, horas e horas ouvindo e aconselhando as pessoas. Penso na doação, no coração que busca ser manso e humilde desses Sacerdotes. Eles são líderes que mesmo tendo plena consciência das limitações daqueles com quem precisam contar, continuam em seu caminho promovendo a Palavra de Deus e lutando para que a Evangelização aconteça.

Como é gratificante pensar que faço parte de um grupo, minuciosamente organizado e hierarquizado que abre espaço, para que no meu pouco, na minha migalha, eu seja parte do todo, e manifeste a minha fé do jeito que eu posso e consigo fazer.


Posso dizer que a figura do Sacerdote me ampara, me conforta, e me inspira. Posso dizer que fazer parte de uma Igreja tão grande, me motiva a ser uma pessoa melhor e preenche lacunas no meu ser, no meu coração, que mais nada ou ninguém conseguiria alcançar.

E partindo dessa admiração pelo sacerdócio, me volto para a Igreja, puramente, e tudo que ela representa e desperta nas pessoas. Hoje tive a graça de participar de um ato de fé, pude ver uma multidão de pessoas caminhando, cantando e sorrindo pelas ruas de minha cidade professando seu Amor a Deus e sua vontade de buscar o que realmente importa.

Como eu me sinto privilegiada por conseguir ser autêntica, me divertir, sorrir e até chorar de emoção em um ambiente saudável, sem preocupações com violência e desconfiança. Quantas vezes nos sentimos perdidos e confusos? Quantas vezes pensamos que nossa vida não tem rumo, não tem objetivo? Quantas vezes nos fazemos àquelas indagações essenciais do tipo: onde quero chegar ou que tipo de pessoa quero ser.

Em Jesus Cristo e na Igreja você encontra um lugar, você tem aquele vento impetuoso que te lança para frente e te faz enxergar seu valor, de “ser único” que pode e deve desempenhar um papel nesse mundo.

É inexprimível a satisfação de saber que você é parte de algo, que você foi marcado por um Amor tão profundo, que se você souber utilizar esse dom recebido, os que estão à sua volta também sairão beneficiados.

Aprendi que com Deus, certas regras incontestáveis não permanecem, isso porque quando eu divido o que recebi de Deus, eu não fico com menos! Acredito que o Amor é a única coisa que cresce e se multiplica ao ser dividido.

Ser Igreja a cada dia que passa, tem sentido mais amplo, ao passo que mais intrigante para mim. Ser Igreja é fazer de cada dia uma oportunidade de crescer, de aprender, de se doar, de se dividir, de se corrigir. Ser Igreja é entregar o pouco que se tem, por um bem maior. Ser Igreja é dizer sim, é ousar, é não ter medo de vencer seus limites. Ser Igreja é querer contar com o outro em um mundo que prega o individualismo. Ser Igreja é estar aberto às mudanças e ao novo, sempre apoiado às verdades de Cristo e aos ideais que acompanham essa Igreja desde sua fundação.

Enfim, basta dizer que sou abençoada por ter encontrado um tesouro chamado Jesus Cristo, um tesouro infinito que se desdobra diante dos meus olhos a cada dia, se revelando na forma do Sacerdote, do amigo, da família, da Eucaristia, da missão... do Amor em seu sentido mais pleno. Esse Amor que como nos diz a Carta de São Paulo aos Romanos, nada pode extinguir ou separar.

Eu peço a Deus que você que leu esse texto, busque sempre encontrar e redescobrir seu Tesouro, busque Aquele que pode te sondar e preencher. Peço também que aqueles que já fizeram a experiência sejam resignados em permanecer no Amor que lhes foi revelado!

Encerro repetindo as palavras do Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid que disse:
“Senhor eu não Te vejo, às vezes nem Te sinto, mas que a cada dia e cada vez mais eu CREIA”!

Iluminai-vos Movimento de Amor