terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nossa história

Estive pensando na importância da história... Aquela que pode ser a matéria que estudamos durante praticamente toda nossa vida escolar, e mesmo assim só chegamos até a ponta do icerberg... Aquela que revela a importância de alguém quando dizemos, 'entrou para a história'... Aí vejo a grandeza dos conceitos de ser história e fazer história.

Porém, não quero que essa reflexão tome proporções que ultrapassem a linha do ordinário. E quando digo ordinário não faço nenhuma referência pejorativa. Queria falar da minha história, da sua história. Falar da história das pessoas que não terão nomes em livros ou fotos em revistas, mas têm sim, uma história que é essencial.
Dizem por aí que::: "A história ensina" / "Nossa história nos define" / "Nossa história já está traçada" / "Quem não bebe não tem história para contar " (o que não concordo!!!)
Alheio a tudo aquilo que o senso comum fala sobre esse assunto, queria questionar se realmente sabemos lidar com nossa própria história. Será que deixamos que ela ensine? Será que a olhamos com devido respeito e maturidade? Não sei! A começar por mim...
Quem acompanha esse blog sabe que eu sou Católica, e sendo tal, uso um exemplo desse meio para traçar uma linha de raciocínio::: Acontece que, as vezes, em momentos de oração fala-se sobre fazer o exercício de segurar nas mãos a sua história e entregá-la toda para Deus. Isso porque, esses momentos tentam nos incentivar a olhar, analisar e aceitar a nossa história... o que não é lá muito fácil.
Temos cantinhos, pedacinhos da nossa história que tentamos enterrar, evitar. Um momento triste, uma escolha errada, uma perda... E aí vem o povo dizendo: "Esquece isso!" ... E como pode ser certo esquecer nossa própria história?
Se fossemos capazes de debruçar sobre nossa história, refletir sobre ela, e não evitá-la, escondê-la ou ser indiferente a ela, talvez aprendêssemos a ser mais inteiros, mais coerentes, mais sábios.
Contudo, reconheço a possível dificuldade de analisar nossa história, e seguir em frente, sem desprezá-la ou subestimá-la. Somos tentados a "colocar uma pedra sobre o assunto", "fingir que não aconteceu", "esquecer"... E talvez seja, de fato, a melhor saída em algumas situações.
Nisso persiste a dúvida do que seria correto fazer. Mas o correto no sentido de fazer aquilo que coloca nossa história em função da vontade de ser uma pessoa melhor e fazer bem ao ambiente à sua volta.

Sua história talvez não renda uma grande biografia ou filme, talvez ela seja bem simples e previsível, seja amarga, ou surpreendente, talvez seja um enredo de novela mexicana... enfim, as possibilidades são ilimitadas. Mas uma história deveria, em primeiro lugar, contemplar a construção e progresso de alguém que quer ser melhor. Senão qual o sentido?
Recentemente me emocionei em uma ocasião em que observei um pouco da história de duas pessoas, e pensei: O que é um ser sem história? E mais que isso... "O que é uma história sem felicidade no final?
Uma história de vida por mais que tenha capítulos amargos e obscuros faz parte de um todo que nos constrói e modela. Nossa história precisa ser considerada e não podemos teme-la! Os episódios que compõe nossa vida podem nos ensinar e explicar muito sobre a realidade que vivemos hoje e nos ajudar a fazer projeções para o futuro.
Quisera ser mestre da minha própria história. Quisera ir até o mais profundo dos momentos sem receios e reservas, buscando e encontrando o sentido de certos desfechos. Quisera, enfim, viver uma história de beleza e sabedoria, em que o Amor e a felicidade verdadeiros ditam os caminhos... E quem sabe ainda, a solução seja realmente entregar toda nossa história nas mãos daquEle que pode usá-la mais sabiamente...
Que saibamos lidar com nossa história e fazê-la motivo de satisfação e aprendizado.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Natal!

Faltam dez dias para o Natal, e seria incoerente se eu não escrevesse algo a respeito, afinal eu adoro essa data! Para explicar meus motivos de tanta simpatia por esse tempo, quero destacar duas palavras: tradição e fé.

Desde criança o Natal é especial para mim, lembro de momentos, pessoas e surpresas que marcaram a minha vida e definem um pouco do que eu sou e acredito hoje. Quando criança havia a família reunida, os presentes, a chegada do Papai Noel, que vinha de helicóptero até o CenterVale Shopping (rs). Outro fato que lembro todos os anos é como eu adorava os enfeites de Natal e tinha todo um jeito especial de nomeá-los, todos os enfeites que eu via, eu apontava e dizia: “Olha o lindo!” – e até hoje os chamo assim! Mas tudo isso é nada diante do verdadeiro sentido do Natal, é claro que tudo isso é válido, e o Papai Noel, os presentes e enfeites são importantes em certas fases da nossa vida, mas não podemos parar por aí!!!

Na Igreja há todo um cuidado para que os cristãos se preparem e vivam o Natal com maior profundidade e reflexão. As semanas que antecedem o Natal são chamadas de ‘Advento’. Com o tempo e a minha possibilidade de maior entendimento, a crença e práticas do Natal cristão somaram mais beleza e significado ao Natal do ‘lindo’, presentes e família que eu prezava desde minha infância.

Hoje o Natal representa muito mais para mim e para aqueles que creem, ele representa parte de um plano de salvação que Deus traçou para a humanidade. O Natal é parte primordial da construção do que hoje chamamos de Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Pois nesse tempo, nasceu o Filho, o Messias enviado de Deus, que viveu, nos abriu as portas da Eternidade, Ressuscitou e nos enviou o Santo Espírito... Eis a grandeza do Natal: Marcar e atualizar a vinda de Jesus Cristo a terra!

Na ordem cronológica o ano está acabando, mas para a Igreja é um começo. O ‘Advento’ nos prepara para a vinda do Menino Jesus, a luz perfeita que chega ao mundo para renovar em nós a esperança e nos inspirar na busca de sermos pessoas melhores. Por ser tão importante e de ordem tão profunda é que a Igreja, em sua sabedoria, propõe as quatro semanas de preparação para o Natal.

Tenho pensado, com a ajuda dos sacerdotes e de amigos inspirados, sobre a imensidão da beleza e loucura que envolve esse tempo. Deus Pai, tomado de Amor, envia o Menino Deus ao seio da humanidade, frágil, indefeso, pequeno, submetido ao nosso humano, às nossas limitações e regras. Vejo aí o grande Amor e confiança que Deus deposita em nós, permitindo que uma simples família pudesse cultivar a esperança do mundo inteiro e de todas as gerações, sendo até hoje, sinal e testemunho para os que crêem.

Como disse - e muito bem dito - um amigo meu, mais ou menos com essas palavras: “O Natal representa essa loucura de Amor de Deus, que permitiu que aquele que sustenta todo o Universo, coubesse na mão do ser humano”.

Não podia deixar de também ressaltar a importância da família nesse tempo. Deus quis nascer no seio da família, não por acaso, mas por saber que ali é onde nos formamos e aprendemos a amar. Espero que nesse tempo de ‘Advento’, as famílias possam revestir-se de Amor e de força, para experimentarem a restauração e renovação que o Natal nos permite viver.

Sei que muita gente não gosta do Natal por lembrar-se de uma pessoa querida que já faleceu, ou por nunca ter tido tradições, ou por achar tudo fingimento de pessoas que só ‘ficam boazinhas no Natal’. É claro que esses motivos carregam significado e eu os respeito. Porém, tudo é uma questão de escolha! Somos ‘humanos’ e conscientes, e o que nos torna diferentes de todos os outros seres que existem nesse Planeta é a capacidade de pensar, ponderar e decidir!

Se colocarmos de um lado da balança toda a incredulidade, lembranças e sentimentos desagradáveis que o Natal pode trazer a algumas pessoas, e do outro lado da balança colocarmos o Milagre de um Deus que se faz menino por Amor aos homens e por confiança em nossas boas escolhas... o que pesa mais?

Nesse ano espero ver menos consumismo e mais generosidade! Que as luzes artificiais não desviem nosso olhar da Verdadeira Luz, que é o Menino Deus que chega para nos abençoar! Que o sinal mais importante de representação do Natal seja o presépio, e não a árvore e o Papai Noel. Que o tempo do Advento e do Natal permita que o nosso coração esteja aberto a amar mais, perdoar mais, sorrir mais... se assim escolhermos!

Um ótimo Natal para você e sua família!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Calor!!!

Viver em um país tropical traz implicações desagradáveis! Pelo que parece, o tempo quente está vindo para ficar! Quando se fala em questões climáticas hoje em dia, tudo é meio incerto e instável. Mas uma coisa é imutável desde que me conheço por gente::: como me incomoda o calor!!!

Para ilustrar meu mais recente surto de irritação, utilizo a noite passada. Por volta das 23 horas, não aguentava mais ficar dentro de casa, sentindo aquele clima abafado - solução: fiquei sentada numa cadeira de praia no quintal de minha casa, olhando para o céu... O céu, que estava lindo como sempre, tinha um tom meio avermelhado, acredito que motivado pela grande massa de ar quente que envolvia a noite (se é que isso faz algum sentido) ... Mas fora de casa, a brisa tornava o clima um pouco mais agradável.

Fiquei conversando no celular com alguns amigos e desfrutando aquele momento de 'procura de um alívio', aí começou a chover! Porque é claro, o calor deixa o tempo muito mais maluco! Deixei-me ficar ali no sereno por certo tempo, até que a chuva começou a engrossar e tive que entrar no forno que chamo de 'casa'. Afinal, seria irresponsabilidade ficar na chuva e pegar um resfriado sabendo que preciso estar bem para cumprir os compromissos que tenho.

Sei que tem muita gente que ama o calor e acredito que essas pessoas tenham bons motivos para isso. Concordo até que os dias ensolarados ficam lindos e que uma praia com sol e calor faz bem , de vez em quando... Mas eu não consigo gostar de verão!!!

Enfim, uso esse post para compartilhar minha insatisfação com esse calor intenso! Considerando ainda, o fato que ontem tive que andar pela rua e pegar ônibus lotado com aquele tempo nada agradável! E sigo listando mais razões para meu desgosto em contemplar esse calor que veio para ficar por meses e meses a fio:::


suor __ ônibus lotado __ falta de disposição para fazer qualquer coisa __ pessoas semi-nuas andando por aí (e achando tudo muito bonito!) __ moleza __ sentir-se suado após ter acabado de sair do banho __ necessidade de cuidados redobrados com a pele __ preguiça __ ventilador barulhento na hora de dormir __ chuvas fortes e repentinas __ aumento do consumo de bebidas alcoólicas (para "refrescar" , ah tá!) __ sua casa transformada em uma sauna __ e finalmente a grande tendência brasileira em eleger a "música do verão" que geralmente é horrível e não sai da nossa cabeça!

(rsrs)
É isso aí! Que tenhamos força para sobreviver mais um verão!