terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Pianista (The Pianist - 2002)

O Pianista (The Pianist) é um de meus filmes preferidos. É uma produção de 2002, mas mesmo não sendo novidade, gostaria de escrever um pouco sobre ela – já que assisti ontem, de novo e, mais uma vez, fiquei encantada...

O longa do respeitado diretor e ‘ser humano excêntrico’ Roman Rajmund Polański (por quem não tenho muito apreço, mas tudo bem), é realmente genial! Com sensibilidade e realismo incríveis, além de três Oscars (melhor diretor, melhor ator e melhor roteiro adaptado) ganhou prêmios no Reino Unido, França, Japão e Itália.

O filme se passa em Varsóvia na Polônia (1939-1945), por aí você já pode concluir que estamos falando da Segunda Guerra Mundial. O que o torna especial é exatamente o foco de toda a situação. Sendo um drama biográfico, o filme conta a história do pianista polaco Władysław Szpilman, que viveu e testemunhou os horrores da Guerra, o nascimento e destruição do 'Gueto de Varsóvia', e que posteriormente escreveu um livro sobre suas experiências - que tornaram esse filme possível.

Polánski, que também foi testemunha ocular do fato histórico narrado no filme, utiliza todo o terror do holocausto para tocar intimamente o tema da luta pela sobrevivência. Há partes do filme em que você se pergunta e realmente se irrita pensando: ‘Por que ele ainda insiste em sobreviver?’. E é esse sentimento de determinação que enche os olhos do expectador.

Interpretado de maneira magistral pelo ator Adrien Brody, o pianista Władysław Szpilman, judeu, homem de família, bem empregado numa rádio da Polônia e de futuro promissor, vê sua vida reduzida à preocupação de manter-se vivo. Em cada cena, e a medida que as novidades da Guerra forçam os personagens a se ajustarem às imposições dos nazistas, vemos a brilhante postura de Szpilman, sem máscaras, sem orgulho, sem reservas, usando as oportunidades que tem para ficar em pé.

Ao contrário de muitos filmes sobre a Guerra, ‘O Pianista’ não mostra um herói ou um mártir. Ele mostra uma pessoa comum, que não salva crianças, donzelas ou companheiros judeus, mas que precisa da ajuda de outros para lutar pela própria vida. Mesmo assim, não vemos no personagem traços de egoísmo ou desvio de caráter... ele só quer viver!

Tudo isso considerado, me encaminho ao final desse elogio ao filme, exaltando aquele detalhe, aquele sentimento, que para mim é o que faz tudo valer a pena: as cenas de Szpilman ao piano. O sentimento de tudo aquilo que o personagem vive e vê transformado em música, é realmente arte! A atitude do pianista, me levou a refletir sobre o grande paradoxo entre: sensibilidade e fraqueza. Mesmo com uma sensibilidade transparente e latente, a força do personagem, a maneira como ele se apega a vida e a música, impressionam!

Penso em quantas pessoas em condições infinitamente mais favoráveis não conseguem ver a importância e a beleza de estar vivo... 'O Pianista' transforma o horror, a morte, a injustiça, a violência, a humilhação em força, música e vontade de viver.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Almoço solo

Era um feriado. Acordei sem preocupação com horário e pensei no que tinha planejado para o dia... Foi então que me dei conta que tinha um compromisso no início da tarde...

O cumprimento desse me obrigou a recusar convites de almoço em família, churrasco com amigos, passeio com uma amiga. Sabe-se que quando você tem horário e não tem um meio de transporte eficiente a disposição, não deve-se simplesmente esperar que as outras pessoas se ajustarão às suas necessidades...

Resultado... tive que almoçar sozinha. Não fiquei desanimada com o fato, ao contrário, o todo parecia bem agradável.
O dia estava lindo, e o céu, sempre amigo, me surpreendeu mais uma vez com sua beleza cativante. Óculos escuros - acessório átipico para mim - tênis, roupa confortável. Fui à um restaurante que gosto muito, afinal se eu ia almoçar sozinha, ia almoçar bem!

Pode-se dizer que o lugar estava movimentado, mas não lotado! Apesar de ser um de meus favoritos, lamentei não ter escolhido um lugar aberto para aproveitar o dia bonito. Indecisão para escolher o que comer, queria algo saudável. Indecisão sobre onde sentar... não havia mesa para um ou dois... foi aí que tudo começou...

Percebi que, automaticamente, procurei sentar em algum canto, numa mesa pequena, discreta... e por que? Talvez estivesse com receio do jugalmento das outras pessoas. Olhei ao redor, e vi que eu era a única que estava sozinha... sorri! Contrariando todos os sentimentos e convenções, sentei-me em uma mesa praticamente central, onde havia espaço para seis pessoas... sorri de novo!

Logo o garçom veio perguntar sobre o que eu iria beber, pedi e iniciei meu almoço. Foi um tanto decepcionante ver que a comida não estava tão boa quanto costumava ser... por que não fui a um lugar aberto? - pensei de novo.

Vi uma pessoa que conheço, olhei para cumprimentar e ela pareceu fingir não me ver... Esquisito, pensei! Foi então que percebi que as pessoas encaravam com certo estranhamento alguém almoçando sozinha em um feriado... sorri!

Talvez a pessoa que fingiu não me ver, temia que por dizer 'oi' a alguém almoçando sozinha, estaria no dever de me convidar para juntar-se a mesa dela... e certamente não havia espaço para mim, no almoço com a família que estava com ela. Além disso, eu estava bem confortável sozinha!

Comecei a prestar atenção nas pessoas ao redor. Havia esta família da qual falei, um jovem casal, casais com crianças, um casal de idosos, e outros... Pessoas diferentes, com relacionamentos diferentes, e ... frequência e modo de diálogo diferentes, isso mesmo! Sorri!

A família conversava de maneira entusiasmada, rindo, talvez lembrando de histórias antigas. O jovem casal, ria com os olhos, se aproximavam ao falar, querendo passar um sentimento de intimidade, talvez... As mesas com crianças eram as mais animadas, me diverti vendo o jeito espontâneo de cada uma delas, ri também da maneira com que seus pais os tentavam submeter às regras dos adultos... vã tentativa! O casal de idosos nutria um silêncio pacífico, daqueles que dizem tudo sem verbalizar nada, era como se não houvesse o que dizer, mesmo assim a companhia significava muito... sorri! Havia também um casal que preferiu sentar lado a lado, ao invés do habitual frente a frente... me perguntei, o por quê ... teriam brigado? Não havia muito diálogo na mesa também, mas o silêncio não era doce como o do casal de veteranos... desviei o olhar...

Vi mais duas pessoas que eu conhecia, e desejei ser invisível... engraçado! Não queria ver ninguém ou falar com ninguém, o trabalho de observação estava muito mais interessante. Fiz a refeição durar mais que necessário, afinal, alguém almoçando sozinha já chamava atenção, imagine se eu estivesse sozinha, com o prato vazio e ainda sentada, o que iriam pensar? Sorri!

Terminei meu almoço observando as relações humanas que me envolviam, evitando o olhar daqueles que me conheciam e agradecendo a Deus por estar bem! E por ter visto em simples mesas de um almoço semelhanças com meu passado, presente e possível futuro... sorri! E ainda dizem que só temos visão do que compõe nossa vida quando estamos para morrer...

Levantei-me, fui ao caixa, paguei e tirei minha capa de invisibilidade... Andei pela rua, sorrindo!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Caçador de mim ...

♫ Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim ... ♪


Somos uma soma de nossas experiências e decisões, mas como definir algo totalmente norteado por emoções? Somos, então, o que sentimos? Ou somos o que buscamos? A busca por coerência em fazer, pensar e sentir é um exercício de mortificação do querer por querer, é ter consciência da necessidade de procurar ser melhor para si mesmo e em benefício do outro, para que nossos paradoxos interiores não machuquem aqueles que estão ao nosso redor...

♫ Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim ... ♪

Quando queremos nos encontrar faz-se essencial libertar-se de certos hábitos. Acreditar que tudo tem sim, um fim! Somente a busca irá durar, até um desfecho que, se revelar uma vida ornamentada com a beleza da pureza de sentimentos e o testemunho de generosidade e verdade, pode abrir-se à Eternidade...

♫ Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura ... ♪

Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou (Rm 8: 37). Se confiamos na Verdade da Salvação, o medo tende a perder-se pelo caminho. Abrir-se ao que te faz um ser humano melhor, buscar força no que é certo, no que dá sentido a vida e nos afasta do vazio que nos é oferecido. Evitar o que não nos edifica! Estar unido ao Amor que não acaba, que não se cansa...

♫ Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim?
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim ... ♪

No final das contas, deveríamos ter a consciência de que o que importa é não parar de lutar, não parar de tentar descobrir-se, conhecer-se. Não deixar que o momento, o prazer, o atraente nos amorteça, ao ponto de nos desviar de nosso caminho. Sonhar, planejar, imaginar, faz parte do processo de encontrar-se. Que o 'não posso', 'não consigo', 'é impossível', sejam insignificantes diante da vontade de ser, de fazer a diferença. Que as limitações do ser e as decepções do caminho sejam motivadores de crescimento, de aprendizado. Quando pensamos 'sonhar demais' ou 'sentir demais', vale considerar que o sonho e o sentir compõem a tentativa de definição que buscamos a vida toda. Há tanto para ser visto e vivido, por que não ousar? Mas a ousadia traz benefício quando almejamos o que nos é devido, algo que só descobrimos se abandonamos o egoísmo e o orgulho...

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Caçador de Mim

Música e letra: Sérgio Magrão e Luis Carlos Sá (1980)

Interpretação: Milton Nascimento

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O filme "A Troca" e o conflito social

Desde que ouvi falar desse filme, quis assistí-lo, mas foi somente ontem que a vontade se concretizou. Devo dizer que a produção me surpreendeu positivamente, e essa é a razão desse post...

Clint Eastwood está mesmo levando jeito para os bastidores do cinema, mais do que para a atuação, em meu ponto de vista... Sendo diretor de bons filmes, como "Sobre meninos e lobos", "Menina de Ouro", "Invictus" e outros, nos basta dar um voto de confiança para o homem. É dele, também a direção de "A Troca", o ponto que nos interessa aqui...

O filme é baseado em uma história real ambientada em 1928, data em que uma mãe se vê desolada pelo desaparecimento de seu filho. Christine Collins, a mamãe interpretada por Angelina Jolie, mostra toda uma força interior e determinação louváveis na tentativa resignada de recuperar seu filho.

O mais interessante no filme é a inteligente mudança de foco, quando achamos que será apenas uma historinha de procura de uma criança, ele leva para questões bem mais profundas - como a manipulação do sistema.

Acontece que depois de um tempo, a polícia desesperada com a repercussão do caso, entrega um menino a mamãe Jolie, que não é o filho dela. Para que a imprensa e a opinião pública parem de 'incomodar'
, Christine Collins (Angelina) é dada como desequilibrada e forçada a manter o menino que não é seu filho para por um fim em toda a polêmica.

É aí que o filme começa a se desdobrar e surpreender! Ajuda nesse processo o personagem de John Malkovich, um Reverendo chamado Gustav Briegleb que se dispõe a ajudar no caso e a não se omitir diante da negligência dos líderes envolvidos. Como toda a trama se desfecha não vou dizer, vale assistir!

...

Gosto de filmes assim, que mostram essa essência humana de não permitir que os valores e as verdades sejam roubados. O retrato da mulher que enfrenta as adversidades obstinada, mas delicadamente é algo muito belo que nos motiva a lutar mais por nossos ideais. A esperança me fascina, assim como a coragem de pensar e agir conforme o que se conclue correto.

A maneira como certas pessoas ou grupos articulam e manipulam os fatos para benefício próprio são um alerta ao nosso comodismo e aceitação de verdades infundadas. Somente pondo em prática nossa capacidade de reflexão - que pode ser vasta - conseguiremos atingir certas realidades que impedem o desenvolvimento da sociedade.

Que a persistência e a noção de que 'eu' sou também responsável por tudo que acontece ao meu redor possa nos impulsionar à busca do conhecimento que gera atitudes coerentes e transformadoras. Recomendo o filme "A Troca" e espero que o cinema continue utilizando a arte para nos fazer analisar nossas realidades.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A dialética do querer e dever

" Poucas pessoas conseguem tudo o que querem, mas no final das contas, elas não são as verdadeiras sortudas. Os verdadeiros sortudos são aqueles que fazem o que estão destinados a fazer".

Isso foi dito em um filme que me emocionei assistindo hoje... Nisso criou-se em mim uma reflexão que dá título a este post: o "querer" oposto ao "dever".

Gostaria de falar desse conflito considerando a juventude, grupo no qual
me sinto inclusa. Essa época é extremamente emocionante! E apesar de ser complicado e até parecer injusto, uma constatação é óbvia e real: muitas das grandes decisões de nossas vidas começam a ser tomadas quando somos jovens.

O que é que eu vou fazer quando acabar a escola? Para que faculdade eu vou? Que curso fazer? Será que devo só fazer um curso técnico? Será que eu deveria fazer um intercâmbio? Será que ficar longe da minha família por um tempo seria bom? Mas se eu ficar longe como fazer com aquele(a) garoto(a) que eu amo? Quando devo começar a trabalhar? Que profissão seguir? Como e onde começar?

Quem não se fez ao menos uma dessas perguntas? E eu gosto das perguntas! Acredito que elas são uma demonstração de que estamos dispostos a refletir e crescer... mas a pergunta precisa gerar movimento, senão se torna vazia... Então vamos lá!

Atualmente os jovens têm acesso a informação facilmente, rapidamente, abundantemente... Isso deveria ajudar a responder as perguntas interiores destacadas acima, que não são novidade para ninguém! A informação deveria ajudar a gerar um movimento e filtrar nossas intenções em relação ao querer e dever, mas vemos que não é isso que vem acontecendo. Essas perguntas, apesar de fazerem muito parte do 'lugar-comum', não estão, muitas vezes, sendo encaradas com a seriedade que mereciam. A busca do responder, de acordo com o mais correto, está perdendo espaço para a resposta imediata e de suposto benefício próprio.

Aí finalmente entramos no querer. O que queremos hoje? Queremos o que vemos, queremos o que é belo, o que é poderoso, admirável, intenso, o que nos faz sentir 'parte' de algo virtualmente importante.

♫ I wanna be a billionaire so fucking bad.
Eu quero muito ser um bilionário
Buy all of the things I never had.
Comprar todas as coisas que eu nunca tive
I wanna be on the cover of Forbes magazine.
Eu quero estar na capa da revista Forbes
Smiling next to Oprah and the Queen.
Sorrindo ao lado de Oprah e da Rainha

Everytime I close my eyes.
Toda vez que eu fecho meus olhos
I see my name in shining lights.
Eu vejo meu nome em luzes brilhantes
A different city every night
Uma cidade diferente a cada noite
I swear the world better prepare
Eu juro que é melhor o mundo se preparar
For when i'm a billionaire.
Para quando eu for um bilionário ♪
(Billionaire – Bilionário / Travis McCoy e Bruno Mars / tradução livre)

Essa música, deixa explícito o que parte das pessoas está querendo... Mas não se trata somente de fama, dinheiro e poder, é mais que isso! Eu juro que é melhor o mundo se preparar para quando eu for um bilionário... Mudando um pouco: Eu juro que é melhor o mundo se preparar para quando em conseguir tudo o que eu quero... E é isso! O que iríamos fazer se alcançássemos o que queremos? Será que o nosso querer está realmente relacionado com o que é verdadeiro e ideal para nós, relacionado ao que é bom?

Entramos, agora, no dever. Cada dia que passa as pessoas, principalmente as mais jovens, se incomodam absurdamente com esse conceito! "Não quero nada nem niguém me dizendo o que devo fazer"...

♫ Hey dad look at me
Hey pai, olhe para mim
Think back and talk to me

Pense e fale comigo
Did I grow up according to the plan ?

Eu cresci de acordo com seu plano?
And do you think I'm wasting my time doing things I wanna do? ♪

E você acha que estou perdendo tempo fazendo as coisas que quero fazer?
(Perfect - Perfeito / Simple Plan / tradução livre)

Não queremos ouvir nem de nossos pais, nem dos outros o que devemos ou não fazer... Ainda mais difícil é estarmos dispostos a ouvir, analisar os fatos, nos questionarmos a respeito de nossas decisões e atitudes e descobrirmos se realmente estamos fazendo o que deveríamos.

Eu não me atrevo a dizer o que as pessoas deveriam fazer, mesmo porque eu não sei [rs] e isso é bem individual e profundo! Mas uso essa frase citada no início desse texto para tentar concluir toda essa história. Não concordo com algumas das palavras utilizadas nela, então vou ajustar de acordo com os conceitos que considero reais. (Volta lá em cima e leia a frase de novo, se quiser e achar que deve ;] )

Para 'sortudo' prefiro usar as palavras: realizado, pleno, inteiro ... e vemos que não são muitos que estão atingindo este estágio... creio que isso provém de uma grande tendência social à imitação, conveniência e facilidade. O 'destino' mudo para as palavras vocação ou missão. E só conseguimos cumprir nossa missão ou viver nossa vocação quando passamos pelo processo do autoconhecimento: sem máscaras, sem medo.

Sonho com o dia em que nós vamos nos preocupar mais em ser do que em mostrar. Que vamos buscar descobrir e viver o que devemos, e não só o que queremos, o que vem do impulso, das vontades, das pressões, dos exemplos distorcidos que nos são apresentados.


Enfim, muitos dizem que a religião aliena e faz as pessoas serem manipuladas e ignorantes, mas eu digo que a Igreja Católica a que pertenço e através da qual conheci Deus, me ensinou que eu posso TUDO, mas o que realmente devo é buscar o que me torne plenamente feliz. A felicidade que não passa depois de uma noite de balada. Não passa depois que eu já curti aquilo que eu comprei. Não passa depois de ter aquele momento intenso com o cara ou a moça por quem se é apaixonado.

É uma satisfação que dura por se tratar do desenvolvimento de quem você é, de ter uma missão e buscar cumpri-la, e não importa se você descobre que sua vocação é de realizar pequenas ou grandes coisas. Como diz um amigo meu, hoje o mundo está tão escuro que todos correm atrás de quem acende um fósforo. E quem faz o que deve fazer, que consegue controlar e dominar seu querer e estar no lugar certo, fazendo a coisa certa... cativa!

O grande lance é estar em Comunhão consigo mesmo e com Deus , conhecer seu potencial e saber o que fazer com ele. O individualismo imposto pela sociedade atual nos faz pensar que o que sabemos ou temos de especial deve ser utilizado exclusivamente para o nosso bem estar, enquanto que se o usássemos para o bem comum, os frutos seriam muito mais significativos.

Fica aqui o convite! A começar por mim, vamos embarcar nessa jornada rumo ao descobrimento de nós mesmos. Aceitar o processo de escolher o que é mais correto, o que devemos fazer, deixando de lado aquilo que corresponde a um querer vazio e egoísta, fruto de paixões. Que Deus nos ajude a sermos pessoas melhores e, assim alcançarmos o que nos é devido e que nos levará à Eternidade.

Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser. (Monteiro Lobato)